Dia Mundial do Ambiente
Este ano "A poluição do ar" é o tema do Dia Mundial do Ambiente, organizado pela China. Pesquisas recentes mostram o que o ar ao nosso redor realmente contém, e como isso compromete a nossa saúde. Sem ar não pode haver vida, mas respirar ar poluído condena a uma vida de doença e morte prematura. Hoje não há dúvida de que a poluição do ar é uma emergência mundial de saúde pública. Ameaça todos, desde crianças a idosos. Doenças respiratórias e doenças cardíacas estão entre os efeitos mortais causados por ar poluído.
O ar poluído é uma emergência de saúde.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), por ano, cerca de 7 milhões de mortes prematuras são atribuídas à poluição do ar - um número impressionante de 800 pessoas a cada hora ou 13 a cada minuto.
As crianças estão em maior risco.
Globalmente, 90% de todas as crianças respiram ar que contém concentrações de poluentes acima do nível que a OMS considera seguro para a saúde humana. Como resultado, 600.000 crianças morrem prematuramente a cada ano por causa da poluição do ar. Como se isso não bastasse, a exposição ao ar poluído também prejudica o desenvolvimento do cérebro, levando a deficiências cognitivas e motoras, enquanto em simultâneo, coloca as crianças em maior risco de doenças crónicas mais tarde na vida. Sendo de estatura inferior aos adultos, as crianças são mais afetadas pela poluição do nível do solo de gases de escape.
Poluição e a desigualdade social.
A poluição do ar afeta sobretudo a população empobrecida, criando injustiça social e desigualdade global. Segundo a OMS, cerca de 97% das cidades em países com baixos e médios rendimentos com mais de 100.000 habitantes, não atingem os níveis mínimos de qualidade do ar. Cerca de 4 milhões de pessoas que anualmente morrem de doenças relacionadas à poluição do ar vivem na região Ásia-Pacífico. Em países mais ricos e desenvolvidos, 29% das cidades ficam aquém das directrizes da OMS. Mas também nesses países, as comunidades mais pobres são geralmente as mais expostas já que geralmente vivem em zonas suburbanas localizadas perto de centrais de energia, fábricas, incineradores ou estradas movimentadas.
Ar limpo é um direito humano.
Mais de 100 países são legalmente obrigados através de tratados, constituições e legislação, a respeitar, proteger e cumprir o direito a um meio ambiente saudável. O direito ao ar limpo também está inserido na Declaração Universal dos Direitos Humanos e no Pacto Internacional sobre Direitos Económicos, Sociais e Culturais, e totalmente consagrado nos objetivos de desenvolvimento sustentável - o Projeto Global para a Paz e a Prosperidade.
Para além da poluição industrial, tráfego rodoviário e a agricultura intensiva, a qualidade do ar que respiramos também depende do estilo de vida adotado pela população. Usar veículos não poluentes, andar a pé, de bicicleta, e reduzir a utilização de veículos particulares optando pelos transportes públicos, deixar de fumar, reduzir a ingestão de carne e evitar a utilização de aerossóis, são algumas das medidas que podemos adotar para reduzir a nossa pegada de emissões.